quarta-feira, 20 de julho de 2011

Travessia Grajaú - Alto da Boa Vista (via Pico do Perdido e Morro do Elefante)


Realizada em 19/12/2009



Vamos ao relato da Travessia Grajaú - Alto da Boa Vista (via Pico dos Perdidos e Morro do Elefante) com a participação de Ggus "Fininho" Carvalho. O acesso à trilha é feito pela Rua Borda do Mato / Rua Marianópolis no bairro do Grajaú, onde no final da rua há um portão conhecido como Portão da Vila Rica. Após 5 minutos de trilha já é possível dar uma relaxada na primeira cachoeira do Rio do Perdido.
Quem quiser ir de ônibus a partir do Centro/Zona Sul, uma dica é pegar o 434 (Grajaú - Leblon) e descer no ponto final que fica na Praça Edmundo Rego.





Consta que o Sítio Vila Rica era uma antiga fazenda cafeeira do século XIX, onde ainda no local se pode ver parte das ruínas de uma casa que possuía oficinas, depósitos de café e engenhos. Acredito que essa primeira queda d'água seja a Cachoeira do Amor, situada a 500m do Portão da Vila Rica.





O Rio Perdido (também conhecido como Rio Joana) possui cerca de 2,2 km de extensão e percorre a calha do Vale do Elefante. A nascente do Rio Perdido está localizada nas imediações do Morro do Elefante, próximo à Garganta de Maria Devel, indo desaguar nas proximidades da comunidade Nova Divinéia no Rio Jacó.





Após um breve banho, continuamos a subir em direção ao Pico do Perdido e como a vazão estava alta devido às chuvas dos dias anteriores foi possível ouvir mais duas quedas d'águas que acreditamos que sejam mais duas cachoeiras. Depois de uns 40 minutos de subida constante, a partir da cachoeira, saímos da mata com o acesso à base do Pico do Perdido à direita; nessa hora é preciso passar por um trepa-pedras conhecidos como carrasqueirinha.





Do alto dos seus 444 metros de altitude é possível avistar grande parte da Zona Norte onde os bairros do Engenho Novo, Lins, Méier e Cachambi se destacam. Na foto abaixo a vertente com vegetação exuberante que desce em direção ao bairro de Vila Isabel é a Serra da Cachoeirinha onde do outro lado temos a subida da Avenida Menezes Cortes. No extremo deste declive temos o Parque Recanto do Trovador onde funcionava o antigo Jardim Zoológico desativado em 1940 e transferido para a Quinta da Boa Vista.





Nas fotos abaixo podemos ver toda a extensão da Serra do Engenho, palco de uma das mais marcantes cenas de guerra urbana na cidade do Rio de Janeiro quando, em outubro de 2009, um helicóptero da Polícia Militar foi alvejado pelos traficantes do Morro dos Macacos. Um ano depois o BOPE ocupou o alto da serra para a posterior implantação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Do outro lado da Serra do Engenho temos as comunidades do Sampaio, São João, Matriz e Quieto que também receberam UPP's em janeiro de 2011. Nossa torcida é que a área possa sofrer uma transformação social a exemplo do que aconteceu com outras comunidades e que as caminhadas ecológicas ao alto da Serra do Engenho se tornem mais frequentes e possíveis pra quem não é morador da área.





O loteamento que deu origem ao bairro de Vila Isabel foi idealizado pelo barão José Batista de Vianna Drummond, que, para tal, havia adquirido da princesa Leopoldina as terras da fazenda do Macaco, no Andaraí. O plano de dotar o bairro de muitos benefícios modernos levou o barão a implementar, em 1875, a Companhia Ferro Carril Vila Isabel com a linha de bondes puxados a burro entre o bairro e o Centro. Em 1888 criou o Jardim Zoológico da rua Visconde de Santa Isabel, que exibia animais nacionais e exóticos entre as atrações nos jardins de jogos – como carrossel e tiro ao alvo. Foi para custear a manutenção dos animais que o Barão de Drummond idealizou o jogo do bicho.






O Grajaú teve um processo de favelização recente onde a maior parte das favelas do bairro surgiu a partir dos anos 70: Nova Divineia formou-se em 1971; João Paulo II em 1979 e Juscelino Kubitschek nos anos 80. Segundo dados da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) a população total gira em torno de 15.000 moradores se juntarmos o contingente das comunidades Nova Divinéia, João Paulo II, Juscelino Kubitschek, Jamelão, Santo Agostinho, Borda do Mato, Rodo e Arrelia. Toda essa área total das comunidades de 0,7 km² é atendida pela UPP do Andaraí inaugurada em julho de 2010.


Também é possível avistar a subestação do Grajaú, construída pela distribuidora carioca em uma área de 33 mil m² no início dos anos 70 e incorporada ao parque de transmissão de FURNAS em dezembro de 1979 e responsável pelo suprimento de cerca de 60% da energia consumida atualmente no Rio de Janeiro (2005). Depois de passarem por aqui, os cabos dessa subestação ainda seguem para a Central da Light na Rua Frei Caneca.






Existem diversas vias de escalada, de até 350m de extensão, que atingem o cume do Pico do Perdido, quase todas acessíveis pela Reserva do Grajaú onde também existe um campo escola com uma centena de boulders. Dentre as vias mais populares na face norte do Pico do Perdido, estão: DGM (5º VI) - também conhecida como Pepe Legal, CEB 60 (5º VI), Face Norte (3º IIIsup), Edmundo Braga (3º IIIsup) e 12 de Fevereiro (2º IV).
Alguns vídeos e maiores informações podem ser encontradas em http://guiadeescaladasdograjau.blogspot.com/





O Pico do Perdido também é conhecido como Pedra do Andaraí ou ainda (erroneamente) de Bico do Papagaio, além de outros nomes menos divulgados (Pedra do Grajaú, Andaraí Menor, Pão de Açucar do Grajaú) e o seu imponente formato piramidal chama a atenção de todos que passam pelo bairro do Grajaú.

No passado o Pico do Perdido era conhecido como Pedra do Morumbi ou simplesmente Marumbi que em tupi, significa Marru-Mosca (ou Mosquito) e Umby (Preto-azulado), Pedra das Moscas (ou Motucas) Varejeiras, local muito ruim.





Na direção sul do Pico do Perdido (foto acima) avistamos algumas montanhas pouco conhecidas do PNT e que podem ser acessadas pela Travessia Alto da Boa Vista - Tijuca. Essa caminhada se inicia no Mirante do Excelsior passando pelo Morro do Felizardo, Morro da Cruz, Casa Branca e Borel e acaba na Rua Maria Amália. Lá ao fundo é possível reconhecer o Morro do Queimado no setor B do Parque Nacional da Tijuca (Serra da Carioca).





Além da notável calha do Vale do Elefante, por onde corre o Rio Perdido, pode-se avistar a bacia hidrográfica do Rio Jacó, que desce em direção à comunidade Nova Divinéia e recebe este nome após a confluência do Rio Cachoeira com o Rio do Excelsior. É possível ter uma idéia do encontro destes dois rios na foto acima, uma vez que o Vale da Cachoeira é paralelo ao Vale do Elefante e o Vale do Excelsior é perpedicular a este último, basta treinar o olhar do pajé.





O visual que temos das montanhas do PNT a sudoeste (SW) é realmente intimidador, por isso é vital que a caminhada comece cedo pois além do acentuado desnível entre o Pico do Perdido e o Pico da Tijuca (cerca de 575 metros) temos uma grande extensão a ser percorrida. Normalmente os caminhantes perfazem esta travessia no sentido inverso (Alto da Boa Vista - Grajaú), inclusive encontramos um casal que estavam vindo exatamente da Serrilha da Caveira. O rapaz conhecia bem o trajeto e nos deu dicas importantes um vez que nós havíamos levado apenas uma imagem de satélite; desta vez esqueci a bússola em casa, um descuido inaceitável.





Existe um pequeno mirante que geralmente fica à sombra em um pequeno platô um pouco antes de subir a carrasqueinha; se o Sol estiver implacável ou se você não quiser se arriscar no trepa-pedra aqui é um lugar muito bom para relaxar antes de encarar a subida do Morro do Elefante. Após descer o Pico do Perdido é necessário transpor um matagal à direita em direção às duas torres de transmissão da Light em um trilha mais ou menos definida.





Após ultrapassar a primeira torre teremos que encarar uma subida bem extenuante não só por causa da acentuada inclinação mas também devido à exposição constante e prolongada ao Sol pois não há sombra neste longo trecho. Portanto o uso de boné e protetor solar nesta caminhada são essenciais, principalmente para aqueles que são desprovidos de melanina, caso contrário você será maltratado pela radiação ultravioleta.





Com base no Mapa Turístico Plani-Altimétrico 2004 (escala 1:7500) é possível calcular aproximadamente o gradiente topográfico nesse trecho de subida. A inclinação máxima de um trecho de uma encosta é expressa em porcentagem, definida pela razão entre a diferença de altitude e a distância total, projetada em plano horizontal, entre dois pontos multiplicada por 100. Partindo da primeira torre (cota 420m) até o final da subida (cota 650m) foram percorridos cerca de 570m (distância projetada horizontalmente). Podemos então estimar que o gradiente topográfico neste aclive é em torno de 40%, o que corresponde a um ângulo aproximado de 22º, ou seja, subimos 2 metros de altitude para cada 5 metros de distância projetada em planta.





Após passar a segunda torre de transmissão é possível reconhecer a área de restauração florestal do Morro do Elefante realizada pelo Instituto Terra Azul. A área reflorestada possui 68.700 metros quadrados onde foram plantadas cerca de 17.175 mudas de espécies nativas.
Depois de uns 50 minutos de subida desde a primeira torre de transmissão a caminhada segue no plano porém ainda sem sombra. Depois de mais uns 25 a 30 minutos caminhando sobre o "dorso" do Elefante sairemos em uma trilha que sai à esquerda logo após atravessarmos um curto trecho de esparsa vegetação já próximo ao cume.






A partir de agora a caminhada segue na direção sul (S) e finalmente estaremos protegidos pelas copas das árvores. Logo após adentrar a floresta, chegaremos em um local descampado e plano bem parecido com a Praça da Bandeira na subida à Pedra da Gávea. Aqui ainda não é o Sítio de Maria Devel e chamaremos este lugar de Praça do Elefante. Aproveite este point perfeito para descansar e comer alguma coisa antes de retomar a caminhada.





Para o Alto da Serrilha deve-se seguir reto (na direção sul); a trilha que sai à direita (oeste) provavelmente chega ao Alto dos Ciganos, porém a trilha não está muito definida, ou seja, não se arrisque caso não esteja muito bem preparado. Inúmeros casos de pessoas que se perderam no Parque Nacional da Tijuca já foram relatados na imprensa; as áreas mais críticas são justamente a Floresta do Andaraí (Vale do Elefante) e a Floresta de Santa Inês (Vale dos Ciganos). No caminho para a Serrilha nos deparamos com um simpático calango verde (Ameiva ameiva) que até fez pose para ser fotografado.





Passaremos por um pequeno curso d'água que provavelmente se trata do Rio Perdido, ou talvez um afluente dele (Riacho da Coruja), só mesmo um levantamento da hidrografia para se certificar. Até o Alto da Serrilha da Caveira são aproximadamente 45 minutos de caminhada em uma trilha que sobe bem suavemente ficando um pouco mais inclinada somente no final. Ignore as bifurcações que saem para a esquerda, são trilhas que descem o Vale do Perdido e muito raramente são frequentadas.



A imagem acima mostra aproximadamente o caminho percorrido desde a carrasqueirinha (face oeste do Pico do Perdido) até o Platô da Serrilha da Caveira com alguns pontos de referência. Considero que este deve ser um trecho inédito para muitos dos caminhantes das trilhas do PNT
, motivo pelo qual dei maior ênfase na edição gráfica desta imagem capturada do Google Earth. O correto seria gravar o tracklog com um GPS e disponibilizar em um site específico (por exemplo: http://pt.wikiloc.com/wikiloc/home.do), mas por questões logísticas isso não foi possível.



Ao chegar ao Platô da Serrilha da Caveira pode-se optar por três caminhos diferentes:
  • dobrando à direita subimos o Tijuca Mirim;
  • seguindo reto descemos em direção à Estrada do Excelsior ou;
  • um pouco mais à frente dobrando à esquerda subimos o Andaraí Maior num esquema bate-volta.
Optamos por subir o Tijuca Mirim na esperança de encontrar um visual mais limpo.





A partir do Alto da Serrilha da Caveira tudo muda, esta é uma área do PNT onde todas as trilhas estão abertas e bem sinalizadas, totalmente diferente das demais regiões do setor A da Floresta da Tijuca. Todos nós sabemos que as trilhas das áreas leste (Vale do Elefante), norte (Vale dos Ciganos) e principalmente oeste (Quitite/Sertão) raramente passam por manutenção
.





A subida até o Tijuca-Mirim também tem um gradiente topográfico bem acentuado, porém não é muito extensa; do Alto da Serrilha da Caveira levamos cerca de 20 minutos até o cume do Tijuca_Mirim. Em alguns raros momentos de céu limpo foi possível avistar o Andaraí Maior e o Pico da Tijuca (foto acima), além de todo o caminho percorrido sobre a cumeada do Morro do Elefante.





Daqui de cima é possível ter noção do quanto nós subimos nesta empreitada; é por isso que usualmente a galera faz esta travessia no sentido inverso. Na semana seguinte parecia que eu havia levado uma surra, os músculos da coxa ficaram bem doloridos sendo necessário passar um calminex básico para apaziguar
essa sensação desagradável.






De qualquer maneira pra quem pretende realizar caminhadas mais longas, esta travessia Grajaú - Alto da Boa Vista serve como um bom treinamento. O nível de esforço físico e a duração desta jornada pode ser comparada com outras clássicas travessias: Cobiçado - Ventania ; Santo Aleixo - Caxambu; Pau da Fome - Rio da Prata (PEPB); Prados - São João Del Rey (MG) pela Alto da Serra de São José; Serra do Piloto - Mazomba (PEC).
Pra fechar com chave de ouro esta bela travessia não poderíamos deixar de chegar até o Pico da Tijuca, a montanha mais alta do PNT com 1021 metros de altitude e a segunda mais alta da cidade do Rio de Janeiro só perdendo para o Pico da Pedra Branca que tem 1024 metros. Do Tijuca-Mirim levamos uns 30 minutos até o cume do Pico da Tijuca, onde na única bifuracação pegamos a trilha da esquerda.




A trilha termina no sopé da montanha, já próximo ao cume, onde existe uma escadaria com 117 degraus escavada na rocha, construída em 1920 pelo então presidente Epitácio Pessoa. Dentre as versões existentes relacionadas à construção desta escadaria a mais aceita diz que a obra foi realizada para facilitar a subida do Rei Alberto I da Bélgica na ocasião de sua visita ao Rio de Janeiro. Exímio escalador o rei não aprovou nem um pouco a construção e, segundo algumas fontes, preferiu subir pela rocha dispensando os degraus, além de achar aquilo um absurdo. Certamente ele deve ter usado e abusado da aderência, ou seja,
apenas o atrito entre o solado do calçado e mão espalmada com as pontas dos dedos para baixo.





Dentre as escaladas realizada pelo Rei Alberto I nos mais importantes cumes dos Alpes Suiços, podemos citar: Matterhorn (4478m); Hübschorn (3192m); Cima dela Madonna (2752m); Campanile Basso (2883m); Rocca Castello (2452m); Aiguilles du Tour (3544m), em muitas ocasiões acompanhado por sua esposa, a Rainha Elizabeth, que compartilhava o espírito aventureiro do rei.
Em 1934 Alberto I viria a falecer, como resultado de uma queda durante um rapel em Marche-les-Dames, na região de Ardenas, perto de Namur na Bélgica.
Seus feitos como alpinista e patrono do montanhismo europeu são recordados ainda hoje, através de uma fundação "The King Albert Memorial Foundation", com sede na Suiça.





Já sabíamos que dificilmente a gente ia conseguir ver alguma coisa uma vez que a cerração estava bem forte; foi uma pena, pois daqui é possível vislumbrar a cidade em uma incrível panorâmica. Existe uma trilha alternativa para subir o Pico da Tijuca chamado via Lagartixa que é uma bifurcação da trilha oficial logo no início antes do zigue-zague. Esse caminho, na verdade, sobe pela face sul da montanha, acima do Contraforte do Pico da Tijuca em direção à Caveira, porém antes de chegar ao Vale Sombrio a trilha sobe em direção ao norte chegando no início da escadaria de pedra. Já faz um bom tempo que não refaço esta variante, é bem provável que esteja bem fechado.





A noite já havia caído antes mesmo de chegarmos ao Bom Retiro e em certo trecho da trilha fomos recepcionados por um tapete de flores brancas que era perceptível mesmo sem a luz das lanternas. Depois de quase 9 horas de expediente, encerramos as atividades sem ao menos visitar a Cachoeira das Almas na esperança de chegar em casa de banho tomado.






Agradecimentos especiais ao nosso intrépido camarada ROMAEZAP, o piloto de fuga mais sagaz de Jacarepaguá, que nos resgatou na Praça Afonso Viseu. Quem quiser um atendimento de qualidade com um cara gente finíssima e honesto até o último fio de cabelo é só ligar para o número 24233788 e pedir o carro 22 (Taquara Taxi).



6 comentários:

  1. Parabéns pelo Blog!
    Quando quiser pode marcar a exploração no Quitite.
    Tô muito afim, vai ser maneiro!
    Abração!

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  2. Muito interessante este relato, as fotos e também o alerta para que as pessoas sejam precavidas ao se aventurarem. Mês passado, fiquei perdido entre os dias 23 a 25/06 ao tentar fazer esta travessia, conforme relatei aqui na internet:

    Perdido no Parque da Tijuca
    http://doutorrodrigoluz.blogspot.com.br/2012/06/perdido-no-parque-da-tijuca.html

    Felizmente, fui achado estando bem, apenas com alguns arranhões e uns machucados no calcanhar devido ao roçado do tênis. Afinal foram três dias caminhando re procurando a saída. Com isto, aprendi a respeitar mais as trilhas e os perigos de se fazer uma aventura sozinho.

    Abraços.

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  3. Show o relato!
    Vcs fizeram a trilha novamente?
    Quero muito realizar este trajeto.

    Abraços! vagner@vagnerduarte.com

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  4. Que relato fantástico!
    Rico em informações geográficas e até mesmo históricas, que eu nem tinha ideia. rsrs.
    Na semana passada fiz parte desta travessia. O capim estava muito alto praticamente mascarando a trilha na ligação do pico do perdido com o morro do Elefante. Na saída do Elefante, tomei aquela trilha que sai à direita e realmente vai sair no Alto dos Ciganos. Agora este trecho tá bem limpo e sinalizado, já que faz parte da Transcarioca. A minha intenção era realizar uma travessia até o Anil em Jacarepaguá, mas na subida para o Taunay, uma árvore caiu impedindo a passagem.

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  5. show, to cortando o pnt da pedra do conde, ate sair nos castelos da taquara quem quiser ir entra em contato. Quero fazer essa travessia ai tmb. zap 9944-99995

    meu face leandro batista avila

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